Rebatendo as CRÌTICAS às Estatinas: Coenzima Q10, Placa de Gordura, Inflamação (Parte 2)

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Neste vídeo, vamos rebater as críticas às estatinas, os medicamentos mais usados para baixar o colesterol e prevenir doenças cardiovasculares. Será que as estatinas causam deficiência de coenzima Q10, uma substância essencial para a produção de energia nas células? Será que as estatinas aumentam o risco de formação de placas de gordura nas artérias? Será que as estatinas provocam inflamação e danos ao fígado? Essas são algumas das perguntas que vamos responder neste vídeo, com base em evidências científicas e em uma abordagem equilibrada e imparcial.

As estatinas são drogas que inibem a enzima HMG-CoA redutase, responsável pela síntese de colesterol no fígado. Ao reduzir a produção de colesterol, as estatinas diminuem os níveis de LDL (o chamado colesterol ruim) no sangue, o que reduz o risco de aterosclerose, ou seja, o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. A aterosclerose é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

No entanto, as estatinas também têm efeitos colaterais, que podem variar de pessoa para pessoa. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são dores musculares, fraqueza, náusea, diarreia e dor de cabeça. Em casos raros, as estatinas podem causar miopatia (inflamação e degeneração dos músculos), rabdomiólise (destruição dos músculos com liberação de substâncias tóxicas para o sangue) e hepatite (inflamação do fígado).

Uma das críticas às estatinas é que elas causam deficiência de coenzima Q10, também conhecida como ubiquinona ou ubiquinol. A coenzima Q10 é uma molécula que participa da cadeia respiratória mitocondrial, ou seja, do processo de produção de energia nas células. A coenzima Q10 também tem propriedades antioxidantes, protegendo as células dos danos causados pelos radicais livres.

A crítica se baseia no fato de que a enzima HMG-CoA redutase também participa da síntese de coenzima Q10 no organismo. Assim, ao inibir essa enzima, as estatinas poderiam reduzir os níveis de coenzima Q10 nas células, comprometendo a produção de energia e a proteção antioxidante.

No entanto, essa hipótese não é confirmada pelos estudos científicos. A maioria dos estudos não encontrou uma relação significativa entre o uso de estatinas e os níveis de coenzima Q10 no sangue ou nos tecidos. Além disso, não há evidências de que a suplementação de coenzima Q10 melhore os sintomas ou previna os efeitos colaterais das estatinas.

Portanto, não há motivo para se preocupar com a deficiência de coenzima Q10 causada pelas estatinas. Se você usa estatinas e sente algum desconforto muscular ou fraqueza, consulte seu médico para avaliar outras possíveis causas e tratamentos.

A segunda crítica é que as estatinas não são eficazes para prevenir eventos cardiovasculares. Isso é falso. Vários estudos clínicos mostraram que as estatinas reduzem significativamente o risco de infarto, derrame e morte por causas cardiovasculares em pessoas com alto risco ou com doença cardiovascular prévia. Essa redução é proporcional à queda do colesterol LDL, o chamado colesterol ruim. Portanto, o colesterol é sim um fator importante para a saúde do coração.

A terceira crítica é que as estatinas são uma indústria bilionária que visa lucrar às custas da saúde das pessoas. Isso é uma teoria conspiratória sem fundamento. As estatinas são medicamentos amplamente estudados e testados, com benefícios comprovados para a saúde pública. Além disso, a maioria das estatinas já está disponível em versões genéricas ou similares, com preços acessíveis e qualidade garantida.

Concluindo, as críticas às estatinas não têm fundamento científico e não devem ser usadas como argumentos para deixar de usar esses medicamentos. As estatinas são drogas seguras e eficazes para reduzir o colesterol e prevenir doenças cardiovasculares, desde que usadas sob orientação médica e com acompanhamento regular. Se você tem dúvidas ou receios sobre o uso de estatinas, converse com seu médico e esclareça todas as suas questões. Lembre-se que a sua saúde é o seu bem mais precioso.

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Dr. Cotta Junior
Especialista em Cardiologia (RQE Nº: 4559) e Medico de Família e Comunidade (RQE Nº: 2157) com título reconhecido pela Associação Médica Brasileira - AMB.



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